25 de setembro de 2011

Estamos preparados para o fim do mundo?


Hoje fui no supermercado fazer compras do mês acompanhando minha mãe. Logo na entrada me deparei com o cartaz na parede. “Em cumprimento da Lei Estadual nº 15.374, as sacolas plásticas serão retiradas deste supermercado até 31 de dezembro de 2011”. Já conhecia a lei e sabia da data, mas ainda não havia parado para refletir sobre ela.

Ao final das compras, as dezenas de suprimentos foram para dezenas de sacolas plásticas que, num futuro breve serão usadas como saco de lixo, consequentemente indo parar em algum aterro sanitário onde perdurará por séculos até decompor. Mas como fazer sem esse “mal necessário”?

Nasci e vivo na geração que tem a sacola plástica como uso obrigatório. Não carreguei suprimentos em papel de jornal ou caixas de papelão, somente na boa e velha sacolinha que acaba virando saco de lixo. Eu, como grande parte das pessoas sabemos das consequências catastróficas no meio ambiente que o plástico faz, mas não vemos nenhuma outra opção de imediato para substituí-la.

Agora, com poucos meses para a proibição do uso dela nos supermercados, fico imaginando o caos que ocorrerá nas primeiras semanas da lei. Clientes reclamando, funcionários estressados, mercadorias caindo, sacolas de feira a preço imensuravelmente caro, pessoas em fúria atrás de caixas de papelão, congestionamento de carrinhos de mercado pela rua, um ótimo começo para aquele que julgam ser o último ano de nossa existência.

O alerta do cartaz de ontem fez com que eu me preocupasse com o futuro breve e que tomasse atitude de me aprontar precipitadamente para o fim de uma era. Antes de 2012 chegar, vale a pena garantir que você não morra sufocado por uma sacola plástica.

7 de setembro de 2011

É feriado do que hoje?




Um povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la. É por isso que o ciclo corruptivo no Brasil está garantido pelos próximos quinhentos anos no mínimo. Afinal, a ignorância política e histórica da população não tende a mudar pelo que se pode ver nas ruas.

Hoje, 7 de setembro, acima de qualquer fato ou versão suspeita, é um dia histórico. Um dia que não seria usado para o povo festejar por não ter que trabalhar em um país que vangloriasse sua identidade, sua cultura. Mas o registro do povo com a história desta nação mostra que se em 1822 ninguém se lixava pelo fato da independência estar ocorrendo, hoje em 2011 ninguém nem se lembra que a independência ocorreu.

E a construção da cidadania que eu tanto espero que aconteça fica difícil de acontecer. Se o valor histórico é deixado de lado por todos, como se pode construir um futuro digno? Quando vamos deixar de tratar Zico, Romário, Ronaldo como heróis nacionais para tratar gente como Marechal Rondon, Euclides Miragaia e Carlos Lamarca que são os verdadeiros heróis?

O patriotismo neste país se resume em jogo da seleção. Apenas em copa do mundo se vê bandeirinhas nos carros e gente cantando com orgulho que é brasileiro. E nas eleições este patriotismo se revela na burrice geral da nação que bota os mesmos políticos que lá estão arruinando nossa democracia ou botando celebridades para governar.

Não estou condenando a todos de curtirem o feriado, só imagino que a reflexão histórica que ocorre no 18 Brumário da França, ou no 4 de Julho nos Estados Unidos poderiam acontecer nas inúmeras datas históricas do Brasil. Somente dando valor à nossa história poderemos construir uma verdadeira nação.