Hoje fui no supermercado fazer compras do mês acompanhando minha mãe. Logo na entrada me deparei com o cartaz na parede. “Em cumprimento da Lei Estadual nº 15.374, as sacolas plásticas serão retiradas deste supermercado até 31 de dezembro de 2011”. Já conhecia a lei e sabia da data, mas ainda não havia parado para refletir sobre ela.
Ao final das compras, as dezenas de suprimentos foram para dezenas de sacolas plásticas que, num futuro breve serão usadas como saco de lixo, consequentemente indo parar em algum aterro sanitário onde perdurará por séculos até decompor. Mas como fazer sem esse “mal necessário”?
Nasci e vivo na geração que tem a sacola plástica como uso obrigatório. Não carreguei suprimentos em papel de jornal ou caixas de papelão, somente na boa e velha sacolinha que acaba virando saco de lixo. Eu, como grande parte das pessoas sabemos das consequências catastróficas no meio ambiente que o plástico faz, mas não vemos nenhuma outra opção de imediato para substituí-la.
Agora, com poucos meses para a proibição do uso dela nos supermercados, fico imaginando o caos que ocorrerá nas primeiras semanas da lei. Clientes reclamando, funcionários estressados, mercadorias caindo, sacolas de feira a preço imensuravelmente caro, pessoas em fúria atrás de caixas de papelão, congestionamento de carrinhos de mercado pela rua, um ótimo começo para aquele que julgam ser o último ano de nossa existência.
O alerta do cartaz de ontem fez com que eu me preocupasse com o futuro breve e que tomasse atitude de me aprontar precipitadamente para o fim de uma era. Antes de 2012 chegar, vale a pena garantir que você não morra sufocado por uma sacola plástica.