11 de janeiro de 2012

Como vão as obras na sua cidade?

A bem verdade é que os anos pares são meus prediletos. É excitante as disputas que acontecem nos anos de final 0, 2, 4, 6 ou 8. Duas semanas de Jogos olímpicos, 4 semanas de Copa do Mundo e alguns meses de corrida eleitoral. Preparemo-nos para o show de horrores que vem por aí neste ano que pelo menos em São Paulo, o cenário eleitoral vai ser renovado, o que, infelizmente, não signifique que seja melhorado...

Mas o começo dos anos pares é engraçado demais. Saia na rua e ande pelo bairro. Tem alguma coisa de diferente? Pergunto isso porque estava de férias esta primeira semana de janeiro no município de Socorro, interior de São Paulo, como faço todo ano. A grande diferença que percebi esse ano foi ver que a ponte que todos os moradores tinham medo de passar porque estava caindo está inteiramente reformada; a iluminação na Avenida Quinze de Agosto trocada; a calçada na Rua 13 de Maio refeita, tendo ótimos estacionamentos; flores pelos canteiros das avenidas; praças surgindo; parquinhos sendo construídos. Uma reforma do ponto de vista estético geral. O que não se via desde o último ano de eleições municipais que foi 2008.

É sínico o jeito que os políticos tratam de fazer obras para os eleitores, e não para a população. Ano eleitoral é o ano que eles agem rapidamente para o povo ficar feliz e esquecer os outros 3 anos pífios de seu mandato. Foi assim em 2004 quando a então prefeita de São Paulo Marta Suplicy começou as obras do hospital no meu bairro e prometeu concluí-lo no segundo mandato. Foi assim em 2008 quando o atual prefeito de São Paulo disse que há dois anos não tinha aumentado o preço da passagem de ônibus e que em 2009 continuaria sem aumentar. Em 2010 tiveram dois aumentos para compensar.

Em São Paulo, o governador Alckmin teve a brilhante ideia de botar a Polícia na região conhecida como Cracolândia. Semelhante a ocupação nas favelas do Rio de Janeiro, que reelegeu lá o governador Sérgio Cabral é uma jogada de marketing político extraordinária. Todos estão vendo a ação com bons olhos e tapando pra verdade de que os usuários de crack estão se espalhando para outros bairros. Está tão confusa essa atitude que quero ver como os candidatos a prefeitura vão lidar com esse assunto.

Questão eleitoral é acima de questão partidária. Nesse critério, raramente existe diferença entre partidos. Seja direita, esquerda, centro, ou indefinido, todos partem para a mesma tática para ver quem ganha no final. Nada mais bacana de saber que após um debate numa emissora de TV, todos saem para uma churrascada onde a rivalidade na frente das câmeras não existe. Os poucos que inovam a forma de fazer política merecem nossa atenção. Vamos ficar atentos a forma de cada um mostrar o que faz, não só às obras que só aparecem em um dos quatro anos de mandato daquele que você também elegeu.

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