Alguém pensou no Haiti hoje? Alguém pensou em como estão vivendo os milhões de famintos de um país falido que sobreviveu a um terremoto ano passado? Alguém pensou nos que estão morrendo no oriente médio vítimas de seus cruéis ditadores? Alguém pensou na Líbia? Alguém pensou em Fukushima na semana que o acidente de Chernobyl completou 25 anos? Alguém pensou na bomba atômica? Suponho que não. Suponho que todos estão pensando unitariamente em duas pessoas: William de Gales e Kate Middleton.
Nos primeiros posts deste blog, critiquei furtivamente a SPFW por sua extravagância em uma questão tão medíocre que é a moda. Multiplique minhas críticas por 1000 e terá minha opinião sobre a monarquia inglesa. Ora se a burguesia fede, a monarquia já está a muito tempo em estado de podridão absoluta.
Minhas condolências aos noivinhos que vão custar mais de 5 milhões de libras (aproximadamente R$ 13 milhões) para o bolso dos britânicos que não foram convidados. Minhas homenagens a um país que não saiu de um ridículo estado monarquia parlamentarista em que os impostos arrecadados sustentam a minoria de menos de dez pessoas que participam da família real.
Batam palmas à rainha Elisabeth que come seu pernil real ao melhor molho francês com o dinheiro do pobre proletário que tem direito apenas a um chá às 5 da tarde.
E ainda vamos bater palmas para uma celebração da desigualdade? Precisamos ficar atentos no vestido que a plebéia (que de plebéia não tem nada) sortuda vai usar na Abadia de Westminster? Precisamos assistir a festa dos maiores milionários e poderosos dançando no Palácio de Buckingham? No meu caso não. Vou ficar com a TV desligada essa semana e não ler os jornais pra não precisar estar atento a mediocridade da situação. Por mim, qualquer regime absolutista deve ser abominado da face da terra. Principalmente da Inglaterra, que foi colonizadora da nação supostamente símbolo da liberdade.
Dessa família salvo apenas Harry, o moleque. Um típico playboysinho que se mete em enrascadas do tipo Paris Hilton, mas é impagável a vergonha alheia que comete para o resto de sua família que nunca sai do protocolo. Para um príncipe bem visto como filho caçula da mártir Diana beber, se drogar, andar fantasiado de nazista e combater no Afeganistão, essa é a prova que ainda tem alguém naquela família com culhões.
Como já disse, quero essa semana fugir ao máximo da cerimônia real – e trágica. Soube que no dia, emissoras de TV brasileira, como se nada tivesse mais importante para nos passar, vão transmitir o luxuoso casamento. É nessa hora que estarei com os aparelhos de televisão desligados e ouvindo “God Save the Queen” com Sex Pistols, aproveitando o máximo que a cultura britânica pode me trazer para o momento.
DISSE TUDO QUE EU PENSO E QUE NÃO CONSIGO DESCREVER ... SENSACIONAL !!!!
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